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sábado, 18 de junho de 2011

5º FestFotoPoa/ ULBRA - Fernando Pires


Aconteceu do dia 6 de abril a 1 de maio no Santander Cultural a quinta edição do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre que propôs como temática “A Família – relações sociais, memória e cidadania.”
O fotógrafo homenageado foi o gaucho Luiz Carlos Felizardo (Porto Alegre, RS, 1949) que cursou arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul de 1968 a 1972, ano em que passou a trabalhar exclusivamente como fotógrafo, destacando-se nas áreas da fotografia de paisagem e arquitetura. Trabalhou em Prescott, Estados Unidos (1984-1985) sob a supervisão do fotógrafo Frederick Sommer, como bolsista da Fulbright Comission. Recebeu a Bolsa Vitae de Artes/Fotografia (1990) com a qual realizou uma extensa pesquisa sobre a passagem de Sommer pelo Brasil.
Cerca de 80 trabalhos produzidos por ele ao longo de quatro décadas estavam expostos no local. O mesmo é conhecido pela sua versatilidade, fotografando paisagens sublimes, detalhes arquitetônicos e abstrações em câmeras de formato grande, 4×5 e até 8×10 polegadas, fazendo cliques sempre em preto&branco. No segundo dia do festival foi lançado um livro também retrospectivo sobre a obra de Felizardo, homenagem mais do que merecida por este grande fotógrafo.
A exposição do Felizardo ocupa quase todo o andar térreo do Santander Cultural, um belíssimo prédio histórico. No andar de cima, uma retrospectiva de Marc Riboud, com ampliações pequenas, todas do mesmo tamanho.
Marc Ribondo (1923, Lyon). Realizou suas primeiras fotografias que ganharam espaço em uma exposição de Paris em 1937 com o pequeno Vest-Pocket que havia ganho de seu Pai ao completar 14 anos. Ao passar dos anos cursou engenharia até dedicar-se a fotografia. Tudo começou propriamente com um convite feito por Henri Cartie-Bresson e Robert Capa para que Marc integra-se a equipe da agencia Magnum. Posteriormente seguiu fotografando o oriente médio a fora. Publicou vários livros, expôs em vários museus e conquistou prêmios, merecidos.
Além disso, haviam presentes obras de outros autores renomados na fotografia nacional e internacional, organizadas segundo três universos, primeiro espaço de Família reúne trabalhos relacionados às relações familiares, humanas, afetivas, étnicas, religiosas, o segundo espaço de Cidadania traz à tona a geração e sustentação de movimentos individuais e coletivos de resistência cultural, por último, o espaço de Memória que aborda os rastros dessas relações, os vestígios de momentos trágicos ou felizes, os indícios de uma vida interrompida, “a fotografia como espécie de negativo da presença da família”.
O evento também contou com seminários, palestras, debates, mostras de filmes, projeções de fotografias de tema livre, encontro para fotografia coletiva, leituras de portfólio, dentre outras atividades.
 Veja alguns dos ambientes:

Exposição Luiz Carlos Felizardo

Mesa de Luz, tamanhos de negativos - Luiz Carlos Felizardo

Exposição Marc Ribond - fotografias coloridas